quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Carta de apoio a SPM



Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, expressamos nosso apoio à Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM), especialmente à Ministra Iriny Lopes, pela posição firme, destemida e comprometida com a construção da igualdade entre homens e mulheres.

A contestação e pedido de suspensão junto ao CONAR da propaganda da Hope foi uma medida assertiva por parte desta Secretaria. A construção da SPM e SEPPIR, ainda no governo Lula, afirmou o avanço na compreensão de que o combate às desigualdades de gênero e raça é obrigação do Estado.

A SPM tem se destacado na construção de políticas de igualdade desde o enfrentamento à violência contra a mulher e, neste momento, aponta como prioridade a construção de autonomia econômica e pessoal das mulheres. De nada adianta construir políticas de igualdade de um lado e não atuar para que alterar os mecanismos que mantém e reproduzem a desigualdade na sociedade. Portanto, é parte das políticas de igualdade atuar para que os estereótipos e preconceitos não sejam reproduzidos.

A propaganda em questão reforça um estereótipo discriminatório com relação as mulheres: reproduz a idéia da mulher consumidora exacerbada e irresponsável, quando, na realidade, estudos demonstram que as mulheres aplicam o dinheiro com mais responsabilidade. Não é a toa que o próprio governo usou este dado como critério para o programa Bolsa Família, em que as mulheres compõem a grande maioria de titulares.

Esta propaganda difunde o mito de que os homens são os únicos provedores e que toda mulher tem um provedor ao seu lado arcando com as despesas. Reproduz, assim, um modelo que não condiz com a realidade brasileira, já que cerca de 35% das famílias são chefiadas por mulheres, sem contar as que compartilham as despesas, mesmo com todas as desigualdades ainda existente no mundo do trabalho.

Além disso, a propaganda é preconceituosa ao insistir no jargão de que as não sabem dirigir, sendo que hoje os seguros de carros são mais baratos para as mulheres, baseado no fato de que as mulheres se envolvem em menos acidentes no trânsito. Por fim, a propaganda é pouco criativa ao reproduzir e incentivar a idéia de mulher objeto, incapaz de ter outras soluções para enfrentar os problemas cotidianos.

Repudiamos a grande imprensa, burguesa e medíocre, pois toda vez que os conteúdos preconceituosos e as injustiças propagandeadas são questionados, eles tentam fazer crer que se está impedindo a liberdade de expressão.

Seguimos em luta todos os dias, contra todas as tentativas de transformar as mulheres em mercadoria!

Toda a nossa solidariedade a Secretaria Políticas para as Mulheres!

Marcha Mundial das Mulheres

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Conferência debate políticas públicas para mulheres rurais

por Nanda Barreto*


A Marcha Mundial de Mulheres participa da I Conferência Temática para Mulheres Trabalhadoras Rurais do Rio Grande do Sul, nesta quinta e sexta-feira (dias 20 e 21/10), em Porto Alegre. A luta da MMM-RS está presente no campo e na cidade: o que nos une é a defesa dos direitos de todas as mulheres. No entanto, a realidade das camponesas nos revela características específicas.

Sobreviventes da amnésia coletiva do poder público, as mulheres rurais têm uma longa trajetória de resistência e luta para seu reconhecimento como trabalhadoras e como cidadãs. Há séculos a labuta delas começa cedo: elas cuidam da casa, trabalham na roça, assumem responsabilidades no armazenamento da colheita e atuam, também, na comercialização.

No entanto, esse trabalho permanece invisível e, muitas vezes, a mulher rural resume seu conjunto de tarefas diárias à condição de "ajuda" ao marido. São muitos os entraves que minimizam a importância das camponesas nos contextos socioculturais, econômicos e políticos. A localização geográfica é um elemento dificultador, mas, no fundo, trata-se de uma lógica perversa naturalizada pela sociedade patriarcal, em que a mulher continua sendo vista como inferior e, consequentemente, desconsiderada na construção de políticas públicas.

Ou seja: a divisão sexual do trabalho permanece muito forte e se expressa nas atividades do dia a dia e na manutenção das atribuições de gênero. É a velha história: os guris são ensinados a serem fortes, durões, usarem máquinas e responderem pela gestão econômica da família. As gurias devem ser dóceis, sensíveis, usar fogão e vassouras e responderem pelas atividades do lar e de criação dos filhos.

Avanços e desafios

A MMM-RS reconhece a ampliação da garantia dos direitos das mulheres rurais nos últimos anos, especialmente no que diz respeito à propriedade da terra, acesso ao crédito e qualificação profissional, ações fundamentais iniciadas pelo governo Lula. Um dos principais avanços nesse sentido foi a garantia de documentação para mais de 500 mil trabalhadoras.

Primeiro passaporte para a cidadania, a aquisição da carteira de identidade é uma conquista que deve, sim, ser comemorada. Mas isso nos evidencia também a necessidade de seguir lutando, pois ter documento é um direito elementar, básico, que abre portas para novas reivindicações. Por exemplo: conseguimos criar linhas de crédito específicas, mas ainda há preconceito contra as mulheres por parte dos operadores de financiamento.

O apoio à organização produtiva existe, mas é descontinuado - o que muitas vezes acaba desmobilizando os grupos de mulheres. A atroz violência contra a mulher do campo dificilmente ecoa na cidade. Sem ter a quem recorrer, a camponesa permanece isolada e refém do seu agressor. A lista de débitos do Estado com as camponesas é extensa e urgente: creches no meio rural, direitos previdenciários, reforma agrária, assistência técnica e formação, são alguns deles.

Em debate
No dia 20/10, a MMM-RS irá participar de uma painel sobre "Gênero e Desenvolvimento Rural Sustentável" na Conferência. A nossa posição é clara: não existe sustentabilidade sem justiça social. Acreditamos que os problemas ecológicos resultam de séculos de uma péssima relação entre a civilização e o meio ambiente, centrada em padrões de consumo insustentáveis e na subordinação de todos os aspectos da vida humana aos interesses obscuros do capitalismo.

Na nossa avaliação, os problemas ambientais estão profundamente arraigados aos problemas sociais. Nós, da MMM não defendemos apenas o meio ambiente. Nossa batalha é pelo ambiente inteiro: queremos uma sociedade mais justa e igualitária, baseada na solidariedade entre os povos e assentada em valores éticos de valorização à vida e a ampla soberania de todos os povos. Somos metade da população mundial e essa conquista não virá sem a garantia dos direitos das mulheres.

Defendemos a agroecologia e a economia solidária como bases da organização produtiva camponesa. Estamos de olho na crise alimentar e acreditamos no caminho da produção de alimentos saudáveis, com a adoção de tecnologias que respeitam o meio ambiente e valorizam os saberes locais e as tradições. Lutamos também pela autonomia econômica das mulheres e pelo nosso protagonismo em diferentes espaços.

E depois do debate?
Reivindicação antiga dos movimentos populares, as conferências são importantes instrumentos de debate, de participação popular. Possuem um caráter pedagógico no que tange o exercício democrático e são, ainda, um espaço muito favorável à criação e formação de redes.

Entretanto, nós da MMM-RS, consideramos que é preciso criar mecanismos para dar vida às nossas propostas. As mulheres camponesas não podem mais ficar à mercê da boa vontade dos governantes. Precisamos transformar programas de governos em políticas de Estado.

É insuficiente que a cidadania seja um estado de espírito ou uma declaração de intenções. A cidadania ganha forma e limites na vida prática e cotidiana. Para ser mantida pelas próximas gerações, ela deve ser impressa nas linhas das leis, assegurando, assim, a garantia dos direitos pactuados e sempre que esses direitos forem recusados, teremos uma base legal para reclamarmos e sermos ouvidas.


* Jornalista, militante feminista da Marcha Mundial das Mulheres







domingo, 16 de outubro de 2011

Seminário Internacional discute modelo de gestão da água


Com o objetivo de realizar um momento de reflexão sob o futuro da gestão da água no Rio Grande do Sul, o Governo do Estado, em parceria com o Fórum Social Mundial, irá realizar o Seminário Internacional da Água: Direito Público e Universal. O foco principal do debate é que a água é um bem público e um produto fundamental para a vida e a saúde. Portanto, não pode ser transformada em um produto básico de caráter econômico.

O Seminário, que acontecerá nos dias 20 e 21 de outubro no Plenário da Assembleia Legislativa, contará com a presença de convidados internacionais que participaram da escolha pela concessão pública da água nos seus países. O evento é uma realização do Comitê Local de organização do Fórum Social Mundial, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e das prefeituras de Porto Alegre, São Leopoldo e Novo Hamburgo e tem o apoio da Corsan, Dmae, Comusa, Semae e Assembleia Legislativa.

Preocupação mundial

A discussão em torno do modelo de gestão para o tratamento de água e esgoto está se tornando uma das grandes pautas da década. O assunto com o qual os gaúchos vêm se deparando na imprensa, nos municípios e nas audiências públicas é uma preocupação mundial.

Nos últimos anos, tanto a Europa quanto a América Latina passaram por profundos debates sobre qual o caminho a seguir na questão do saneamento. França, Itália, Bolívia, Argentina e Uruguai são exemplos de países que discutiram amplamente o modelo de gestão dos serviços de abastecimento de água e optaram por mantê-lo sob controle público.

Em alguns casos, os serviços, que foram privatizados, voltaram a ser públicos, em função de reajustes abusivos das tarifas e da exclusão de segmentos da população pobre. Em Paris, os serviços de água foram remunicipalizados em 2010, depois da privatização comandada por Jacques Chirac em 1985, cujo resultado foi a apropriação dos lucros pelos controladores privados, em detrimento dos investimentos.

Serviço

O Que: Seminário Internacional da Água: Direito Público e Universal;

Quando: 20 e 21 de outubro de 2011;

Onde: Plenário da Assembléia Legislativa do RS

Programação

20 de outubro

Sessão de Abertura - 19h

Governador, Tarso Genro; Presidente da Assembléia Legislativa, deputado Adão Vilaverde; secretária de Meio Ambiente, Jussara Cony; secretário de Habitação e Saneamento, Marcel Frison; diretor-presidente da Corsan, Arnaldo Dutra; prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi; prefeito de Porto Alegre, José Fortunati; prefeito de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann, e o diretor do Ibase, Cândido Grzybowski.

21 de outubro

Mesa 1/9h- Água como Direito Humano Universal

Mediador - Cândido Grzybowski/Ibase; Adriana Marquisio, presidente da União Pública da Água dos Trabalhores/Uruguai; André Abreu de Almeida, diretor Geral da Fundação France Liberté/Brasil; Cristiana Gallinoni, Comitê pela Água Pública de Roma/Itália; Flávio Presser, diretor Geral do DMAE/Porto Alegre/Brasil; Marcel Frison, secretário de Habitação e Saneamento/RS/Brasil;

Mesa 2/14hs - Modelos de Gestão Pública da Água

Mediador: Sérgio Haddad/Ação Educativa; Maurizio Gubbiotti, Coordenador do Comitê Nacional de Legambiente/Italia; Elizabeth Peredo Beltran, diretora da Fundação Solon/Bolivia; Leandro Almeida, Comitê em Defesa da Água Pública/Brasil; Mozart Dietrich, diretor Geral da Comusa/Novo Hamburgo/Brasil; Arnaldo Dutra, diretor-presidente da Corsan/RS/Brasil.

._,_.___

Lançamento Campanha contra Agrotóxicos, 24/10

sábado, 15 de outubro de 2011

Nós, Feministas, também ocupamos a praça neste #15O

A revolução será feminista ou não será!!

Nem oprimidas pelo patriarcado nem exploradas pelo capitalismo

Nós da MMM-RS também ocupamos a praça da Matriz (Júlio de Castilho) em Porto Alegre nesse 15 de outubro!

Para nós agora é o momento de uma retomada às ruas por liberdade, numa demonstração de indignação e de rejeição aos cortes sociais e a dominação capitalista patriarcal.

O mundo não é uma mercadoria – e as mulheres também não!

Nesse #15O temos que refletir sobre a importância de vencermos e superarmos profundamente a visão de propriedade privada sobre a vida, corpos e almas.

Temos que vencer o patriarcado. Temos que vencer a alienação existente sobre nossos corpos, sobre a natureza, porque o capitalismo e o patriarcado se baseiam em uma sociedade que fragmenta tudo, toda a vida.

O capitalismo aprofundou a divisão sexual de trabalho.

Para nós da MMM está claro que um dos pilares do neoliberalismo é a utilização do tempo das mulheres como variável de ajuste, ou seja, ele é visto como elástico, um recurso inesgotável. A exploração do tempo e do trabalho das mulheres, combinada com a não responsabilização do Estado e dos homens com esse trabalho, produziu uma crise dos cuidados.

Precisamos de novas formas de viver as nossas relações, na família, nas ruas, e também nas organizações populares que vão surgindo neste ambiente de transformação neste novo tempo histórico insurgente.

Avanços econômicos e sociais no Brasil

Reconhecemos os avanços econômicos e sociais que conquistamos no Brasil e nos levantamos para defendê-los e ampliá-los:

# Nos levantamos pela democratização da comunicação, pela liberdade de expressão e por uma novo marco regulatório para a mídia no Brasil;

# Nos levantamos por uma internet livre, com neutralidade e na defesa do Marco Civil da Internet;

# Nos levantamos em defesa da Reforma Política, com financiamento público das campanhas, paridade para mulheres e homens e voto em lista fechada;

# Nos levantamos pela defesa de um sistema de saúde pública gratuito, de acesso universal e de qualidade;

# Nos levantamos na defesa do meio ambiente, por soberania alimentar e energética;

E mais, vamos levantar nossas bandeiras contra:

# o atual sistema financeiro global, responsável pela crise que assola o planeta, queremos uma economia a serviço das pessoas. Nos levantamos por mais democracia e por participação popular direta nas decisões dos governos;

# contra a corrupção, pelo afastamento e punição dos corruptos e dos corruptores;

# contra o sexismo, o machismo e contra qualquer discriminação, preconceito, racismo, lesbofobia;

# contra a mercantilização da natureza e dos bens comuns;

# contra a criminalização das mulheres e dos movimentos sociais;

# contra a criminalização do aborto e pelo direito das mulheres de decidirem sobre seu corpo.

Mudar o Mundo para Mudar a Vida das Mulheres!

Não pagaremos pela crise!

A revolução será feminista ou não será!!

Marcha Mundial de Mulheres RS

*Fotos de Vicente Carcuchinski, Ramiro Furquim/Sul21, Cíntia Barenho (ordem de aparecimento)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Democracia Real, já! Ato dia 15 de outubro

Acampamento em Porto Alegre participará de movimento mundial por Democracia Real

No próximo dia 15 de outubro, jovens do mundo inteiro pretendem acampar nas praças de suas cidades exigindo Democracia Real. A inspiração vem dos acampamentos no Egito, na Espanha e, mais recentemente, em Nova York, com o movimento Ocupa Wall Street. Agora, os espanhóis do movimento Democracia Real Ya estão convocando pessoas do mundo inteiro para participar do Dia Mundial de Acampamentos em Praças, em 15 de outubro. Em Porto Alegre, o chamado foi atendido pelo movimento juntos que, em parceria com outras entidades, já está trabalhando na organização de um acampamento na Praça da Matriz (foto), no centro da cidade. O movimento é uma iniciativa do PSOL, mas é aberto a qualquer pessoa que quiser participar, independentemente de filiação partidária.

Segundo os organizadores da atividade em Porto Alegre, todos que quiserem participar do acampamento devem se encontrar no Monumento do Expedicionário (Parque da Redenção), às 13 horas. De lá, todos sairão em caminhada até a praça da Matriz, onde será montado o acampamento. Durante o dia está programada uma intensa programação cultural, com oficinas, debates e pocket shows. No domingo pela manhã, o movimento voltará em passeata para a Redenção, onde será encerrado o ato.

15 de outubro:
Porto Alegre por Mudanças Globais


http://softwarelivre.org/branco/blog/15-de-outubro-porto-alegre-por-mudancas-globais

No dia 15 de outubro, pessoas do mundo todo tomarão as ruas e as praças. Do continente americano à Ásia, da Africa à Europa, as pessoas estão se levantando para reclamar os seus direitos e pedir uma autêntica democracia, uma democracia real. Agora é o momento unirmos todos em um protesto não violento em escala global.

Com o mesmo espírito de unidade que construímos o Fórum Social Mundial como referência mundial aqui em Porto Alegre e a rica experiência de democracia direta do orçamento participativo, estamos sintonizad@s com a energia das novas dinâmicas sociais em rede que tem mobilizado milhões de pessoas no mundo todo. Convocamos tod@s @s gaúch@s para ocuparem as praças no próximo sábado dia 15 de outubro.

Nos levantamos também pela volta do Fórum Social Mundial para Porto Alegre.

Nos levantamos contra o atual sistema financeiro global, responsável pela crise que assola o planeta, queremos uma economia a serviço das pessoas. Nos levantamos por mais democracia e por participação popular direta nas decisões dos governos. Nos levantamos contra a corrupção, pelo afastamento e punição dos corruptos e dos corruptores. Reconhecemos os avanços econômicos e sociais que conquistamos no Brasil e nos levantamos para defendê-los e ampliá-los. Nos levantamos pela democratização da comunicação, pela liberdade de expressão e por uma novo marco regulatório para a mídia no Brasil. Nos levantamos por uma internet livre, com neutralidade e na defesa do Marco Civil da Internet. Nos levantamos em apoio as lutas em andamento de tod@s @s categorias profissionais. Nos levantamos pela defesa de um sistema de saúde pública gratuito, de acesso universal e de qualidade. Nos levantamos contra qualquer discriminação, preconceito, racismo, homofobia, sexismo, machismo. Nos levantamos na defesa do meio ambiente, contra a mercantilização da natureza.



Dia 15 de outubro, sábado, nos encontraremos ás 13 horas no Brique da Redenção e caminharemos até a Praça da Matriz para uma marcha pela mudança global que queremos. A manifestação será pacífica, debateremos e nos organizaremos até alcançarmos.

É hora de unir-nos. É hora sermos ouvid@s.

Veja o mapa mundial do 15 de outubro

Criamos também o twitter e identi.ca para divulgar a atividade : @15opoa Sigam lá e divulguém.
Usaremos as hashtags; #15opoa #15o #globalchange #ows #globalrevolution (na ordem de prioridade)

Ainda não temos o domínio do nosso blog funcionando, mas estaremos aqui: http://www.15opoa.net/


Escola de Educação Infantil - ato em Caxias

Creche: um direito da criança, uma política para as mulheres, um dever do município!

Cerca de 50 pessoas reuniram-se neste último sábado (15/10) no centro de Caxias do Sul para reinvindicar mais vagas em escolas de educação infantil no município.

Caxias do Sul está em 357º no ranking da educação infantil feito pelo TCE/RS e, segundo o levantamento feito pelo Tribunal, faltam cerca de 10 mil vagas. (http://www2.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/repos_docs/pdf/radiografia_educacao_infantil.pdf)

Sob o grito de ordem “Mulheres querem trabalhar, e dos filhos quem vai cuidar?” o movimento subiu a Avenida Júlio de Castilhos, de São Pelegrino até a Praça Dante Aliguieri, distribuindo panfletos e chamando atenção da sociedade para o tema.

O movimento organizado pela Marcha Mundial das Mulheres, União das Associações de Bairro, Diretório Central de Estudantes da UCS, Economia Solidária e Movimento Mães do Mariani, não vai parar por aí. Este foi apenas a primeira ação, muitas outras ainda estão por vir.

A luta por creches é uma luta histórica do movimento feminista, afinal, quem acaba sofrendo as conseqüências pela ineficiência desta política pública são as mulheres, que se vêem obrigadas a abandonar seus empregos, deixar de estudar ou até mesmo dos horários de lazer para cuidar das crianças no horário em que estas deveriam estar iniciando sua educação básica.

Não vamos nos calar! Nossa luta esta apenas começando!

OccupyWallStreet:

#OccupyWallStreet: Primeiro Comunicado Oficial do Ocupar Wall Street

Publicado em 4 de outubro de 2011 por Tatiane Pires

20111004-occupy-wall-street

Este comunicado foi votado unanimemente pelos membros do Ocupar Wall Street, por volta das 20:00 do dia 29 de setembro. É nosso primeiro documento oficial. Temos outros três em preparação, que provavelmente serão lançados nos próximos dias: 1) uma declaração de demandas do movimento; 2) princípios de solidariedade; 3) documentação sobre como formar o seu próprio Grupo de Ocupação de Democracia Direta.

Este é um documento vivo. Você pode receber uma cópia oficial da última versão pelo e-mail c2anycga@gmail.com.

domingo, 9 de outubro de 2011

ConferenciasEstadual de Politicas para as Mulheres


As Conferências Municipais de Políticas para as Mulheres foram preparatórias para a IV Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do RS, que elegerá as/os delegadas/os para a III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
Fizemos uma boa participação nas municipais/regionais e agora, queremos realizar uma das melhores conferências de mulheres que o Rio Grande do Sul já teve.














Sitio da Conferência:

www.conferenciadasmulheres.com.br, da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, a ser realizada de 12 a 15 de dezembro, em Brasília, pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM).
Trata-se de uma ferramenta eletrônica com informações das conferências estaduais e municipais, documentos, notícias, com conferências de rádio e tv, entre outras seções.

Conferencia Estadual LGBT RS



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A publicidade e o machismo nosso de todo dia


Alessandra Terribili *
A publicidade nunca se notabilizou por ter qualquer capacidade de contribuir para transformar relações de desigualdade e intolerância, corrigir distorções, superar contradições. Muito antes pelo contrário. Na maioria esmagadora das vezes, ela se vale justamente de esteriótipos preconceituosos, do medo, de constrangimentos, para vender seus produtos com
"eficiência".
Para as mulheres, a mensagem dirigida, muitas vezes, é: "para não ser feia, encalhada, indesejada, você deve usar este cosméstico". Ou ainda: "para dar conta de trabalhar, cuidar dos filhos, do marido, da casa, e ainda ser gostosa, você deve usar este produto de limpeza". Isso não é a exceção. Difícil é fugir desse padrão.
E mesmo estando habituadas a sermos tratadas dessa forma, ainda nos espanta quando esse reacionarismo todo atinge níveis elevados, como aconteceu com a tal peça da Hope na TV, com Gisele Bundchen estrelando. Uma das mulheres mais poderosas e midiáticas do país coloca-se em posição de plena submissão e ensina que não se devem dar "más notícias" vestida.
Ora vejamos: as más notícias a que ela se refere são episódios como acidente de carro e limite de cartão de créditoestourado. Nada de novo. Nada mais batido, senso comum e esteriotipado que acusar as mulheres de serem más motoristas e boas gastadoras. Nada mais senso comum, também, que afirmar que uma mulher só é respeitada por seu "sexappeal".
O problema é que a gente não precisa, não pode e não deve se acostumar a ser vista e exibida dessa forma. Sempre quepossível, é preciso sim denunciar o machismo contido nesse tipo de abordagem, porque se a gente não fala nada, quem vai falar? E se ninguém falar, nunca essa baixaria toda vai parar. E vai se fortalecer e continuar alimentando o conjunto da desigualdade que encontramos na nossa sociedade, e que se expressa, com mais visibilidade, em tantos casos de violênciadoméstica, sexual, discriminação no mercado de trabalho e etc. Tem uma bitola nos olhos quem não vê que tudo isso está tremendamente relacionado.
Hoje, boa parte dos que mais se autodeclaram temerários à censura estiveram do lado de lá quando ela foi aplicada em regime de exceção no Brasil. Quando havia censura à arte, à informação, à livre circulação de ideias, à liberdade de expressar opiniões.
É uma nítida demonstração de retórica da amaeaça, na proposição de Albert Hirschman, sugerir que a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal não possa cobrar um posicionamento do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), porque isso seria "censura". Nada pode ser mais infantil que corroborar com essa afirmação. A SPM está cumprindo seu papel, e deve fazê-lo. Por que a gente precisa aceitar?
Esse pessoal que adora temer a "censura" faz parte do seleto grupo de proprietários da mídia, seus financiadores e apoiadores, que censura impiedosamente qualquer tentativa de debate (eu disse: de debate) sobre a democratização da comunicação e sobre o combate dos excessos cometidos diariamente pelos veículos de mídia. Essa retórica toda é só pra, mais uma vez, tentar nos disciplinar. Mas uma ordem que me subjulgue, não quero não, obrigada.
Portanto, um viva à liberdade de criticar o que nos oprime, e a liberdade de expressar nosso desconforto, e de disputar para que seja diferente. Porque de mau uso e de subversão da liberdade de expressão, o mundo já tá saturado.
* Alessandra Terribili, jornalista, mestranda em Ciência Política pela UFRGS, integrante da Secretaria Nacional de Mulheres do PT.

http://terribili.blogspot.com/2011/10/publicidade-e-o-machismo-nosso-de-todo.html.