sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Essa Política vamos mudar: Constituinte Soberana e Popular!!!

*Por Mariana Lacerda
post mariVivemos em um país que, mesmo após onze anos de governo de esquerda, não conseguiu realizar as reformas estruturantes. Ao mesmo tempo em que este governo realiza enfrentamentos importantes como a PEC das domesticas ou o Programa Mais Médicos, ele se encontra, paradoxalmente, cada vez mais, refém do grande capital e do agronegócio.
Em Junho de 2013, milhares de jovens foram às ruas reivindicar serviços básicos e expressando descontentamento com a representação parlamentar, não se sentem representados por esse Congresso, dos 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores) eleitos em 2010, 273 são empresários, 160 compõem a bancada ruralista, 66 são da bancada evangélica e apenas 91 parlamentares são considerados representantes dos/as trabalhadores/as, da bancada sindical. Dos 594, apenas 55 são mulheres.
Hoje, ao mesmo tempo em que temos uma mulher dirigindo o maior cargo da republica, a Presidenta, sofremos com a ofensiva conservadora sobre nossos corpos diariamente, basta observar o projeto do Estatuto do Nascituro.
O processo de mobilização de junho mexeu na conjuntura e na agenda dos movimentos sociais. A proposta do Plebiscito vai para além de uma simples reforma no sistema eleitoral: queremos um novo modelo de sistema político, queremos trazer o debate das reformas estruturantes, queremos falar do modelo que queremos (em que exista terra para todos, em que os jovens tenham livre acesso à universidade, em que as mulheres sejam vistas como sujeitas). 
Lançamento do comitê do plebiscito popular sobre a Assembleia Constituinte no Ceará
Lançamento do comitê do plebiscito popular sobre a Assembleia Constituinte no Ceará
Quando falamos em Reforma Política, falamos em democratizar o Poder. Precisamos materializar nosso discurso no processo de construção do Plebiscito Popular, evidenciar os setores historicamente excluídos, precisamos exercer a paridade, garantir mecanismos de participação das mulheres e da classe trabalhadora, como creche e o horário de términos nas plenárias por conta dos horários do transporte coletivo.
A nossa principal tarefa é Conscientizar, Politizar e Organizar a população! Para isso alguns desafios estão colocados: Nós precisamos casar o plebiscito com as lutas de 2014. Precisamos realizar um grande processo pedagógico. Dialogar de forma simples temas complexos. Precisamos dizer pra a Dona Maria o que essa reforma tem haver com a vida dela. Precisamos desenvolver uma comunicação popular e fazer uso das novas tecnologias. E desenvolver um grande um grande processo de formação de massas.
A nossa alternativa ao que está posto é a opção pela esquerda, porque, para mudar o mundo, precisamos mudar a vida das mulheres, e mudar a vida das mulheres,para mudar o Mundo.
*Mariana Lacerda é estudante de Ciências Sociais e militante da Marcha Mundial das Mulheres no Ceará.

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