segunda-feira, 11 de maio de 2015

documentário Arpilleras: bordando a resistência

Companheiras, 

as companheiras do MAB estão desenvolvendo um documenário a partir da técnica das arpilleiras e do trabalho de auto organização das mulheres atingidas por barragens. 

Foi feito um belo processo junto as mulheres nos estados e agora elas estão em uma campanha de doação coletiva pelo Catarse com a finalidade de arrecadar fundos para podermos produzir o documentário. 
Vamos contribuir com a divulgação da campanha de financiamento coletivo e a auto-organização das mulheres atingidas por barragens.

Abaixo segue o release e aqui o link para doação: https://www.catarse.me/pt/arpilleras







Bordar, ato transgressor?
Documentário em fase de financiamento coletivo vai retratar violações cometidas contra as mulheres na construção de barragens no Brasil, 
através de uma técnica de bordado utilizada como resistência à ditadura militar chilena.






Desde o início de 2013, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem resgatando uma antiga técnica de bordado para elaborar um relato das violações de direitos humanos praticadas em áreas atingidas por grandes projetos de barragens.
A técnica das arpilleras surgiu em Isla Negra, no Chile, mas ganhou uma dimensão política no período da ditadura militar no país (1973 a 1990). Mulheres do subúrbio de Santiago se apropriaram dessa ferramenta para desenvolver uma narrativa contra a repressão comandada por Augusto Pinochet.
O MAB partiu desta experiência para realizar mais de 100 oficinas em dez estados brasileiros, com aproximadamente 900 mulheres atingidas por barragens. Com o bordado e o resgate do exemplo das chilenas, grupos de mulheres produziram um relato sobre as diversas formas de violência sofridas. No Brasil, segundo o último levantamento realizado pela Comissão Mundial de Barragens, feito em 2000, mais de um milhão de pessoas já foram afetadas por barragens. Destas, 70% não foram contempladas com nenhuma forma de reparação. Especialmente às mulheres, as violações são ainda maiores.
Com o inchaço populacional repentino nas regiões que recebem as obras, há uma comprovada ampliação nos casos de assédio sexual, tráfico de mulheres, prostituição e estupro. Com o início da construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, por exemplo, Porto Velho (RO) registrou um aumento de 208% nos casos de estupros em apenas dois anos, segundo o relatório da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DHESCA).


O documentário Arpilleras: bordando a resistência, aberto para financiamento coletivo no Catarse, busca resgatar essa experiência do bordado contra a opressão de gênero nas áreas atingidas por barragens. A ideia do filme é costurar uma arpillera coletiva de norte a sul, na qual uma mulher de cada região do Brasil narre o impacto das barragens em suas vidas.

Você pode acessar o projeto e contribuir no link abaixo:

Este é o site oficial do projeto:

Nossa página no facebook:

Teaser oficial:

Sobre o MAB:

Contatos:
(11) 3392-2660

*Em anexo, seguem alguns outros materiais de divulgação.
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Charge do cartunista Vitor Teixeira:



Vídeo- Apoio do Memorial da Resistência de São Paulo:

Teaser alternativo:


Contatos:

(11) 3392-2660

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