segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Repudio aos que cederam ao conservadorismo que fechou a QueerMuseu



Marcha Mundial das Mulheres repudia os que cederam
ao conservadorismo e a norma patriarcal e heteronormativa
que fechou a exposição QueerMuseu

A Marcha Mundial das Mulheres repudia a direção do Santander Cultural, empresa transnacional do sistema financeiro, que reforça o sistema patriarcal heteronormativo e conservador ao fechar a exposição QueerMuseu.
As feministas da Marcha Mundial das Mulheres estão ao lado dos Movimento Sociais que denunciam e repudiam o fundamentalismo religioso, o conservadorismo, o retrocesso expresso na nota emitida pelo Santander Cultural ao dizer que cede ao apelo dos “indivíduos” e que as obras de arte de uma exposição com a temática da diversidade, do respeito as diferenças e com obras de artistas de renome e diversos períodos históricos como: Adriana Varejão, Cândido Portinari, Fernando Baril, Guignard, Lygia Clark, Kika Costa, Milton Kurtz, Mário Röhnelt, Paulo Osir, Sandro Ka e Leonilson e mais.
Arte moderna denuncia e faz pensar, as obras (que provocaram a violência patriarcal contra a exposição) foram descontextualizadas pelos fascistas para provocar a indignação dos fanáticos e de muitas pessoas que não tiveram a oportunidade de serem informadas ou refletir sobre a necessidade de visibilidade e considerar questionamentos sobre gênero, diversidade e sexualidade. As obras ditas ofensivas são justamente as que denunciam a falsa correlação entre orientação sexual LGBTT e estes crimes. A denuncia, (e a leitura de qualquer obra de arte deve estar no seu contexto histórico e no da exposição) transformada em apologia só serve pra reforçar a hetenormatividade e o racismo, reforçando os preconceitos e a violência que sofrem as pessoas LGBTT. Retirando a responsabilidade pelos crimes de exploração sexual de crianças e da crueldade animal da segurança publica e da falta de politicas sociais de enfrentamento e prevenção. Colocando a responsabilidade pela proteção e defesa dos mais vulneráveis na norma religiosa do extremismo conservador, do falso moralista e de um estado religioso.
O Santander Cultural e sua direção ao cederem ao movimento fascista, calam e reforçam a invisibilidade da morte de aproximadaemnte 340 pessoas por LGBTTFobia em 2016, ou dos 10 estupros coletivos acontecidos no dia de hoje, e destes não temos ideia de quantos são os chamados “estupros corretivos” que vitimizam muitas mulheres e meninas lésbicas e bissexuais, ou as mortes de aproximadamente 63 jovens negros por dia, quando invisibiliza a temática de raça junto com a de gênero colocada em várias das obras que agora já não poderemos ver, debater e até gostar/desgostar. Somos contra a censura e seus efeitos na sociedade, contra o proibir o debate de gênero em salas de aula, contra queimar livros e fechar espaços de cultura e de vida das comunidades.

A Marcha Mundial de Mulheres reafirma seu compromisso com o Estado Laico e com a defesa da Democracia e da Cultura!

Feminismo em marcha contra o conservadorismo e pelo Estado Laico!
Seguiremos em Marcha até que Todas sejamos Livres!




Marcha Mundial das Mulheres RS - setembro/2017
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